Quando realizado em condições adequadas, radiologia é uma área que serve para o diagnóstico e tratamento muito segura. No entanto, em outras situações, onde a intensidade e tempo de exposição são maiores, partículas radioativas podem matar células e provocar mutações de DNA.
Para entender melhor quais são as lesões provocadas por radiação em exames de raio X, basta continuar lendo este conteúdo!
Quais são os sintomas de lesões provocadas por radiação?
Os sintomas variam dependendo se a exposição à radiação afeta o corpo completo ou apenas uma única região dele. Em níveis elevados, a exposição total do corpo a radiação causa doenças por radiação, enquanto se for uma pequena parte do corpo exposta podem ocorrer lesões localizadas.
Doença aguda por radiação
Na maioria das vezes, uma doença aguda por radiação acomete pessoas que tiveram seu corpo inteiro exposto a doses extremamente altas de radiação em uma única vez ou de curta duração.
Os médicos categorizam a doença de radiação aguda em três grupos (síndromes) baseado no sistema principal órgão afetado, embora estes grupos se sobreponham:
- Síndrome gastrointestinal: Afeta o trato digestivo;
- Síndrome vascular cerebral: Afeta o cérebro e o sistema nervoso;
- E síndrome hematopoiética: Afeta tecidos que produzem células sanguíneas.
E, normalmente, a doença aguda avança em três estágios.
Um período sem sintomas (fase latente)
A gravidade da doença, bem como sua taxa de progressão, é determinada pelo nível de radiação que recebeu. Conforme a dose for maior, os sintomas se desenvolvem mais precocemente, progridem mais rápido (por exemplo, sintomas prodrômicos para vários sistemas orgânicos) e se tornam mais graves.
O nível de gravidade e a forma como os sintomas iniciais evoluem podem variar muito de acordo com o indivíduo, para determinar a quantidade de exposição à radiação. Como resultado, na maioria das vezes, os médicos podem fazer uma estimativa da exposição de um paciente à radiação baseado no tempo, natureza e gravidade dos primeiros sintomas.
No entanto, a presença de ansiedade, queimaduras ou lesões podem gerar complicações para essa estimativa.
Lesões locais provocadas por radiação
A radioterapia para câncer é um dos causadores frequentes de lesões localizadas causadas pela radiação. Os sintomas variam dependendo da quantidade de radiação que a pessoa recebeu, dos níveis e da região do corpo que precisa de tratamento.
É normal que o paciente sinta enjoos, tenha perda de apetite e vomite durante minutos após fazer uma irradiação do cérebro ou abdômen. Maiores doses de radiação em uma única parte do corpo poderão causar danos à pele que cobre a região.
Entre as alterações na pele, estão:
- Adelgaçamento da pele;
- Descamação;
- Queda de cabelo;
- Úlceras;
- Vermelhidão;
- Dilatação dos vasos sanguíneos logo abaixo da superfície da pele (veias em forma de aranha).
Caso a irradiação seja feita na região da boca e maxilar inferior, é provável que ocorra secura permanente na boca. Como resultado, provoca um maior número de cáries e causa danos no maxilar inferior.
Já a radiação sobre os pulmões pode acarretar a inflamação neste órgão (pneumonite por radiação). Ao passo que as doses muito altas tendem a causar cicatrizes graves (fibrose) no tecido pulmonar, o que provoca falta de ar incapacitante e pode levar a morte.
Após uma radiação extensa sobre o tórax, pode ocorrer uma inflamação do coração e sua camada protetora (pericárdio), o que provoca sintomas como dor no peito e falta de ar.
Radiação em níveis bem elevados na coluna vertebral poderá acarretar riscos muito graves, como a paralisia, incontinência e perda de sensibilidade. Enquanto a radiação extensa do abdômen pode provocar úlceras crônicas, cicatrizes e estreitamento ou perfuração do intestino, que causa tais sintomas:
- Vômitos;
- Dor abdominal;
- Vômitos com sangue;
- Fezes de cor escura.
Lesões graves
Em certos casos, pode ser que surjam lesões mais graves tempos após ter feito o exame de raio X. Pode ser que o paciente tenha um declínio em sua função renal entre seis meses e um ano após ter feito uma sessão com doses elevadas de radiação, podendo causar também anemia e hipertensão arterial.
Além disso, altas doses acumuladas de radiação nos músculos podem ocasionar um quadro doloroso, com desgaste muscular (atrofia) e formação de depósitos de cálcio no músculo irradiado.
E, em raras situações, a radioterapia poderá até causar em um novo tumor canceroso (maligno). Normalmente, este tipo de câncer surge por volta de 10 anos ou mais, após a exposição à radiação.
Quais são os efeitos imediatos da exposição à radioatividade?
Exposição a níveis moderados de radiação – acima de um gray (a dose padrão absorvida pelo corpo) – pode causar os seguintes sintomas:
- Náuseas;
- Vômitos;
- Diarreia;
- Dores de cabeça;
- Febre.
Após a primeira série de sintomas, é possível que ocorra um breve período sem nenhum problema óbvio, porém, os sintomas podem voltar mais fortes algumas semanas depois.
Com doses mais elevadas de radiação, todos esses sintomas podem ser notados de imediato, assim como lesões que podem ser potencialmente fatais para órgãos internos. Geralmente, expor adultos saudáveis a uma dose de quatro grays, poderia matar cerca de metade deles.
Em comparação, a terapia de radiação para câncer usa uma série de doses variando de um a seis grays por sessão. No entanto, as doses são rigidamente controladas e direcionadas para uma área específica do corpo.
E os efeitos a longo prazo?
O câncer é o risco mais sério de longo prazo que a exposição à radiação pode causar. Quando as células do corpo atingem sua “data de validação”, elas geralmente cometem suicídio.
O câncer se desenvolve quando as células perdem essa capacidade e se tornam imortais, continuando a dividir e multiplicar de maneira incontrolável.
O corpo possui uma série de processos para assegurar que as células não se tornem cancerosas. Porém, o dano causado pela exposição à radiação pode interromper esses mecanismos de controle, tornando o câncer muito mais provável.
A falha em consertar de maneira eficaz os riscos representados pela radiação pode resultar em mutações genéticas que não estão apenas ligadas ao câncer, mas também podem ser transmitidas às crianças, levando a deformidades em gerações futuras.
Mudanças no tamanho do cérebro e dos olhos, assim como problemas com crescimento e aprendizado, estão entre os problemas que podem aparecer como resultado.
Conclusão
Como você pôde ver neste conteúdo, a exposição à radiação pode provocar lesões no corpo, apenas quando feita em altas doses. Caso contrário, não oferece muitos riscos a curto e longo prazo para a qualidade de vida do paciente.
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