A documentação de motos usadas deve estar no radar de atenção de qualquer pessoa que pretende adquirir uma. Afinal, ela precisa ser completa e atender a todos os requisitos da legislação de trânsito brasileira.
Por isso, é importante consultar Renavam pela placa antes de qualquer negociação que envolva a compra de uma moto usada. Além disso, há outros pontos que devem ser verificados sempre que a aquisição envolver um item que não seja de fábrica.
Mas não se preocupe. Pensando em esclarecer as principais dúvidas sobre a documentação de motos usadas, preparamos este artigo exclusivo. Acompanhe conosco e confira tudo sobre o tema!
- Números de compra de motos usadas no Brasil
- Documentação de motos usadas: o que é obrigatório
- Prazo para transferir o registro de propriedade da moto
- Consequências de não transferir a documentação de motos usadas
- Documentos necessário para transferir uma moto usada
- Vistoria obrigatória para obter a documentação de motos usadas
- Itens que precisam estar em ordem para a documentação de motos usadas ser liberada
- Conclusão
Números de compra de motos usadas no Brasil
De acordo com dados de uma pesquisa realizada pelo Portal Autocarros, o Brasil negociou cerca de 2,9 milhões de motos usadas apenas em 2022. Ou seja, o número está se tornando cada vez mais expressivo, seja pelo melhor custo-benefício quanto pela facilidade e baixa manutenção de motos.
Contudo, é importante manter os devidos cuidados antes de fechar negócio de uma moto usada, uma vez que é possível que haja vícios não visíveis, assim como pendências que irão impedir a obtenção da documentação legal.
Documentação de motos usadas: o que é obrigatório
Seja um modelo zero quilômetro ou seminova, os documentos necessários para a aquisição são os mesmos. Ou seja, o RG, CPF e um comprovante de residência. Contudo, no caso da documentação de motos usadas, é fundamental a checagem antecipada das possíveis pendências do veículo. Como por exemplo, o IPVA, o licenciamento e o seguro obrigatório.
Após isso, é necessário preencher o Certificado de Registro de Veículos (CRV), que é o documento que atesta a passagem de propriedade de uma pessoa para outra. Neste caso, ele exige a autenticidade feita em cartório.
Por fim, com o preenchimento do formulário sem rasuras ou erros, é necessário levá-lo ao Detran responsável que emitirá o documento final no nome do comprador.
Prazo para transferir o registro de propriedade da moto
É necessário explicar que após o processo de transferência de titularidade culmina na emissão do já citado CRV e também do Certificado de Registro e Licenciamento Veicular (CRLV). Além disso, para que tudo ocorra dentro do prazo legal, o antigo dono da moto precisa informar a venda ao Detran em até 30 dias após finalizar a negociação.
O mesmo prazo decorre para o comprador, que deve solicitar um novo CRLV, de forma simultânea e sem atrasos.
Consequências de não transferir a documentação de motos usadas
Caso não haja a transferência no prazo legal determinado, irá incidir multas e haverá impedimentos na documentação de motos usadas. Além disso, caso o procedimento não aconteça em tempo hábil, o comprador fica exposto a uma consequência grave perante a lei de trânsito.
De modo geral, se a venda acontecer sem a transferência ser completa, o antigo dono se torna responsável solidário por qualquer infração cometida pelo comprador do veículo. Ou seja, caso aconteça multas ou penalidades, ele ainda poderá recebê-las em seu nome.
De acordo com as normas do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), a solicitação do CRV posterior ao prazo legal acarreta uma multa de cerca de R$ 200. Essa penalidade é destinada ao novo dono do veículo.
Por fim, o valor pode ser maior, com a possibilidade de ultrapassar aquele despendido pela transferência. Isso significa que não respeitar os prazos estabelecidos sempre será sinônimo de prejuízo.
Também merece destaque o fato de que se a documentação de motos usadas não estiver correta, torna-se impossível a contratação do seguro.
Documentos necessário para transferir uma moto usada
Similar ao que acontece nos principais processos legais de transferência de titularidade, a documentação de motos usadas é obtida após a apresentação de documentos como:
- comprovante de endereço atualizado;
- CNH ou RG;
- CRV — a assinatura do vendedor deve ser reconhecida em cartório;
- laudo técnico de vistoria do DETRAN (conforme o estado da transação);
- comprovantes de pagamento das taxas exigidas pelo processo.
Além disso, é importante frisar sobre a inexistência de qualquer pendência ligada à moto para quem não haja impedimento na transferência da documentação.
Vistoria obrigatória para obter a documentação de motos usadas
Outro ponto de atenção diz respeito à vistoria veicular, que mesmo sendo feita sob responsabilidade de cada estado, possui padrões uniformes onde são averiguados e conferidos:
- Os documentos inerentes ao veículo;
- A presença de peças originais de fábrica;
- A condição dos acessórios da moto;
- A conformidade da moto conforme as normas vigentes das leis de trânsito.
Tanto o Detran como empresas credenciadas pelo órgão podem realizar a vistoria, que costumam ser rápidas e tem, ao seu final, a emissão de um laudo técnico.
Itens que precisam estar em ordem para a documentação de motos usadas ser liberada
A documentação de motos usadas será gerada após a vistoria compreender que o CRLV e o CRV estão em ordem. Além disso, será validado a regularidade do IPVA, do seguro obrigatório e a condições de itens físicos do veículo, como o velocímetro, buzina, lanternas e retrovisores.
Outros quesitos que serão avaliados são aqueles que demonstram o estado do chassi, a numeração indicada pelo motor, o estado da pintura, o lacre da placa, dentre outros.
Com tudo em dia, a documentação poderá ser solicitada sem problemas.
Conclusão
Após entender a importância de avaliar a documentação de motos usadas e conhecer o passo a passo para transferir os documentos, lembre-se que toda medida preventiva é importante quando for comprar um veículo.
Afinal, essa é a forma de garantir que a aquisição não trará problemas legais ou gastos adicionais, que podem fugir do seu orçamento e impedir o bom uso da moto.