As farinhas são ingredientes muito comuns na cozinha, sendo usadas em diversas receitas.
Da massa de pães e bolos, até engrossar caldos e molhos, as farinhas são onipresentes.
E, dentre todas elas, uma se destaca: a farinha de trigo.
Pães, bolos, cookies, cupcakes, massas: quase tudo leva farinha de trigo.
No entanto, para quem tem doença celíaca ou sensibilidade ao glúten, nem todas as farinhas são indicadas.
Neste artigo, vamos falar sobre farinhas sem glúten — tanto aquelas ricas em carboidratos quanto aquelas mais pobres em carboidratos.
E apresentar opções de farinhas para diferentes necessidades e gostos.
O que é o glúten e em que alimentos ele se encontra
O glúten é uma proteína encontrada em cereais como trigo, cevada e centeio.
É responsável por dar elasticidade e consistência a massas e pães, por exemplo.
No entanto, para algumas pessoas, o consumo de glúten pode ser prejudicial, causando problemas digestivos e outras reações adversas.
Alimentos que contêm glúten incluem pão, massa, biscoitos, bolos, cereais matinais, cerveja e alguns molhos e condimentos…
Ou seja, muita coisa! Ainda mais dentro de um contexto da dieta ocidental padrão.
Além do glúten em si, o trigo pode causar outros problemas de saúde — e, para muitas pessoas, é cada vez mais comum evitá-lo.
No entanto, existem boas opções de farinhas sem glúten.
Algumas das mais famosas são as chamadas farinhas low-carb: vamos ver 3 opções comuns.
Farinhas sem glúten: as farinhas low carb
Para quem busca uma dieta com baixo teor de carboidratos, existem algumas opções de farinhas sem glúten que podem ser usadas em receitas.
Vamos ver 3 das principais farinhas low-carb agora.
Farinha de amêndoas: feita a partir de amêndoas moídas, é rica em gorduras saudáveis e proteínas.
Pode ser usada em receitas de pães, bolos e biscoitos, além de servir como base para crostas e coberturas de tortas.
É uma das mais fáceis de se usar, por substituir a farinha de trigo praticamente na proporção 1:1.
Sua principal desvantagem é o preço, que costuma ser elevado, quando comparado a outras farinhas.
Neste aspecto, a farinha de coco ganha destaque.
Farinha de coco: feita a partir da polpa de coco seco moída, é rica em fibras e baixa em carboidratos. Pode ser usada em receitas de pães, bolos, biscoitos e panquecas.
Ela pode ser comprada pronta (por um valor menor do que a farinha de amêndoas), ou você pode fazer farinha de coco em casa.
Sua principal desvantagem é que requer alguma expertise na cozinha para usar, pois ela é seca e absorve bastantes líquidos: pode levar algum tempo até você se acostumar.
Outra desvantagem apontada por algumas pessoas é um leve sabor de coco — que, por outro lado, algumas pessoas apreciam.
Existe, ainda, uma farinha caseira de sabor neutro e muito nutritiva: a farinha de frango.
Farinha de frango: feita a partir da carne de frango desidratada e moída, é uma opção rica em proteínas e baixa em carboidratos.
Pode ser usada em receitas salgadas, como para empanar frango ou fazer croquetes.
O ideal é usar a farinha de frango em receitas salgadas, pois pode deixar um sabor de frango que vai muito bem numa coxinha fitness, mas não tão bem num bolo. Outra desvantagem é que é raro encontrar farinha de frango para vender — então provavelmente você terá de fazer a sua farinha de frango em casa.
Farinhas sem glúten: opções altas em carboidratos
Para quem não tem restrições ao consumo de carboidratos, existem outras opções de farinhas sem glúten disponíveis no mercado. 3 das principais farinhas sem glúten são as seguintes.
Farinha de aveia: feita a partir de aveia moída, é uma opção rica em fibras e proteínas. Pode ser usada em receitas de pães, bolos, biscoitos e panquecas.
Ela também é bem rica em carboidratos.
Apenas é importante, para pessoas celíacas, observar que a aveia pode ter sofrido contaminação cruzada por glúten. Portanto, requer cautela na hora da compra.
Farinha de arroz: feita a partir do arroz branco ou integral moído, é uma opção versátil e com textura suave. Pode ser usada em receitas salgadas e doces.
É uma das opções mais comuns em receitas sem glúten, e nossa favorita da lista.
Farinha de milho: feita a partir do milho moído, é uma opção rica em fibras e vitaminas. Pode ser usada em receitas salgadas, como para fazer polenta ou empanar alimentos.
Também é uma boa opção para engrossar caldos e molhos — assim como outro derivado do milho, o amido de milho.
Como usar as farinhas sem glúten em receitas e preparações
Ao usar farinhas sem glúten em receitas que originalmente levam farinha de trigo, é necessário ter em mente que as propriedades de cada farinha são diferentes e podem afetar a textura e sabor do produto final.
Por exemplo, a farinha de amêndoas é rica em gorduras e proteínas, o que faz com que as receitas fiquem mais úmidas e macias.
Já a farinha de coco é rica em fibras e absorve bastante líquido, o que pode deixar as receitas mais secas e densas.
Por isso, é importante fazer testes e ajustes na quantidade de farinha utilizada, bem como em outros ingredientes, como ovos e óleos, para obter o resultado desejado.
Uma observação importante é que você pode obter uma farinha mais equilibrada ao misturar diferentes tipos de farinhas.
Se quiser misturar duas farinhas low-carb, pode combinar (em proporções iguais) farinha de amêndoas e farinha de coco, e ter assim uma massa mais leve e saborosa.
Se quiser misturar mais livremente, pode fazer uma mistura de 50% farinha de arroz, 25% farinha de amêndoas, e 25% farinha de coco, e ter algo bem versátil, tanto para receitas doces quanto salgadas.
Obviamente, estes são apenas 2 exemplos possíveis: sua imaginação é o limite quando falamos de combinar farinhas para fazer receitas saborosas.
O mais importante é fazer testes para ajustar a quantidade e obter o resultado desejado — para que você possa se deliciar, por muitos e muitos anos, com pratos saborosos e nutritivos, e totalmente livres de glúten.