Ter noções de Pediatria Básica é fundamental para as famílias, principalmente aquelas com crianças menores de 2 anos.
Pediatria Básica até 2 anos de idade: o que é importante que as famílias saibam?
Tanto o Ministério da Saúde quanto a Sociedade Brasileira de Pediatra alertam aos pais, famílias e responsáveis sobre o perigo da automedicação em bebês e crianças. Assim, o acompanhamento rotineiro pelo pediatra é essencial.
Por isso, é necessário levar o filho ou a filha ao pediatra com uma certa frequência até os 2 anos de idade.
Essa rotina de consultas na pediatria básica também é fundamental para o esclarecimento de dúvidas, orientações sobre a rotina da criança e as melhores formas de cuidar dela através da recomendação de vacinas e exames necessários, instruções sobre os riscos da automedicação e muito mais.
Para situações comuns (pediatria básica), a recomendação para os menores de 2 anos é:
- três consultas mensais para bebês com 5 a 30 dias de vida;
- uma vez por mês entre dois e seis meses de idade;
- uma visita a cada dois meses, a partir dos sete meses do bebê;
- para as crianças com dois anos ou mais, o ideal é uma consulta a cada três meses.
Além das consultas de rotinas, há outros pontos que a família deve observar para levar o seu filho ou a sua filha menor de 2 anos de idade ao pediatra:
- febre alta (acima de 38 °C) que não baixa com o uso de remédio;
- diarreia várias vezes ao dia;
- recusa de alimento por mais de 3 dias;
- vômito depois de cada refeição;
- urina com cheiro intenso e concentrada;
- irritação e choro sem motivo aparente.
Pediatria Básica para os pais de crianças menores de 2 anos: pontos importantes
Para os pais, familiares ou responsáveis que querem saber orientações principais da Pediatria básica, separamos aqui dois temas bem relevantes.
Pediatria Básica da alimentação
Como uma espécie de Manual ad Pediatria Básica, o que é importante que as famílias saibam? A indicação é de que até os seis meses de vida o bebê consuma apenas o leite materno. Qualquer substituição deve ser indicada e acompanhada pelo pediatra.
Já a partir dos 6 meses o bebê começa a ter contato com a alimentação complementar. É nesta fase que acontece a introdução alimentar. E por que apenas nesta idade? Porque é nesse momento que o bebê apresenta desenvolvimento digestório, imunológico e neurológico adequados para receber novos alimentos.
O Ministério da Saúde explica que a introdução alimentar deve ser feita de maneira gradual:
- Ao completar 6 meses, a mãe deve oferecer 3 refeições/dia com alimentos complementares. Essas refeições constituem-se em duas papas de frutas e uma salgada, preparada com legumes e verduras, cereal ou tubérculo, alimento de origem animal (carne, vísceras, miúdos, frango, ovo) e feijões.
- A partir dos 7 meses, essas refeições constituem-se em duas papas salgadas e duas de fruta.
- Ao completar 12 meses, recomenda-se que a criança tenha três principais refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches (frutas ou cereais ou tubérculos).
Porém, é importante pontuar que o termo papa salgada utilizado pelo Ministério da Saúde é com o intuito de facilitar a compreensão. Assim, o objetivo do uso do termo “salgada” não é adjetivar a expressão, induzindo ao entendimento de que a papa tenha muito sal ou que seja uma preparação com utilização de leite acrescido de temperos/sal.
Pediatria Básica: cuidados de segurança
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, no Brasil, os acidentes representam a principal causa de morte entre crianças e adolescentes de 1 a 14 anos. Eles causam cerca de 13 óbitos por dia e são ainda responsáveis pela hospitalização de mais de 120 mil crianças e jovens. É importante destacar que mais de 90% desses eventos poderiam ter sido evitados com medidas simples de prevenção. Por isso, saber cuidados básicos de prevenção é fundamental em um guia de Pediatria básica.
Determinados tipos de acidentes são característicos de certas idades. No primeiro ano de vida, predominam as asfixias e quedas, seguidas por queimaduras e aspiração de corpo estranho; a partir de dois anos de idade, as quedas lideram o ranking, seguidas por asfixias, queimaduras, afogamentos e intoxicações.
Assim, algumas dicas gerais de segurança para a Pediatria básica são:
- Tomadas elétricas devem estar protegidas. A fiação deve estar em bom estado e fixada no alto e os fios precisam ficar presos e recolhidos;
- As janelas devem ser protegidas por grades ou telas. Se forem do tipo basculante, a abertura deve estar limitada a 10 cm com corrente;
- Nenhum móvel deve estar embaixo das janelas para desestimular tentativas de escalada e evitar quedas;
- Os móveis devem ter cantos arredondados para evitar lesões e traumas;
- As escadas devem ter portões ou cancelas (em cima e em baixo) para evitar quedas.
Obviamente que estas dicas de cuidados e orientações de Pediatria básica não substituem a ida regular ao pediatra. Para saber mais, procure um profissional especializado e renomada na sua região como, por exemplo, Pediatria Campinas.